sexta-feira, 23 de julho de 2004

Dessa vez, Gio falando. Aliás, falando diretamente de Campinas, São Paulo. Não, não vim de vez não. Só por uma semana, pra ver qual é a parada, conhecer o ambiente. Ou, como diz minha terapeuta: para desmistificar a imagem que eu tenho de vir morar aqui. Por enquanto estou achando tudo legalzinho. Não vi muita coisa, só dei umas voltas no bairro onde Guiom mora, que é o bairro da Unicamp. É um bairro tranquilo, bom astral. A questão é que fico o dia inteiro sozinha e isso me incomoda um pouco. E é como disse Guiom uma vez: Campinas é uma cidade boa pra se viver, segura e moderna. Mas não tem nada demais. Não tem o charme de Paris, de Lisboa, do Rio ou de João Pessoa. E além disso tem um jeito meio USA de ser (fui ao shopping daqui e me senti em Palm Beach, tantas palmeiras importadas à minha volta...) Mas é aqui que vou morar em breve e não quero ficar falando mal. Guiom descobriu dois tesouros aqui por perto que eu adorei: um sebo de respeito e uma padaria alemã simplesmente magnífica. Isso é bom; com essas pequenas coisas vou acabar gostando daqui.

Sem nada pra fazer a não ser estudar, ler e dar voltas por aí, acabo assistindo um monte de filmes. O de ontem foi "Geração Roubada" de Phillip Noyce, com Kenneth Branagh no elenco. Não levem em conta o nome meia-boca do filme pois o nome original é Rabbit-Proof Fence (mais ou menos "Cerca à prova de coelhos") e faz todo sentido do mundo. É uma estória sobre os abusos cometidos contra os aborígenes da Austrália até bem pouco tempo atrás. Tem uma fotografia pra lá de poderosa do deserto australiano e a atuação das crianças roubadas de suas tribos é boa mesmo. Recomendo, recomendo. Não é todo mundo que vai se emocionar, mas eu quase morri de aflição. Filmes sobre pais e filhos que se perdem uns dos outros sempre me abalam muito, razões óbvias.

Observação desnecessária: tou morrendo de saudades do meu Juanito. E ele lá, todo feliz porque sabe que toda vez que eu viajo ele ganha um monte de presentes na volta... nada interesseiro...

Só escuto Depeche Mode e David Bowie há uma semana. Culpa de Guiom que só trouxe uns míseros cinco cds pra cá... e minha, que não gosto nem um pouco de rap francês.

Terminei ontem de ler "Vida de gato", segundo romance que leio da minha amada Lady Averbuck. Gostei, só. Parece muito com o primeiro livro dela ("Máquina de Pinball") e acaba muito rápido. Clarah, perdoe-me, mas às vezes eu prefiro os textos antigos do blog...

10 comentários:

gio disse...

Sei que ando totalmente sumida, mas mandei um e-mail pra vc. Tu recebeu? e tbm te liguei, mas tu já havia viajado. bjins

MI

gio disse...

recebi, mis e respondi. vai lá ver,vai!

A dona do mundo

gio disse...

hum.. atualizou... temo que a proxima atualizacao seja soh em janeiro. bom, se minha previsao se confirmar, espero q vc fale do meu aniversario. :) ps. tu viu um comentario meu sobre clarah averbuck ha (se nao me engano) dois posts atras? beijinhos, hein?

Laranja

gio disse...

triiiiiiiiiiiiiii

Laranja

gio disse...

Oba, presentes na volta!! Estamos esperando.. =o)

PauLa

gio disse...

Sebo, padaria, David Bowie.. Assim até Bagdá é bom.. Ei, espero não ter causado brigas conjugais com aquele nosso assunto.. :) PS1: Tem um artigo sobre o Charlie Kaufman no "NoMinimo" do Ibest. PS2: Também não gosto de rap francês.. ;)

Luís

gio disse...

pia o Luís, rapá...

Laranja

gio disse...

brunito, eu vi o comentário sim. e sim, eu empresto o livro, os dois aliás, se tu quiser. e tudo bem luís, não teve briga conjugal não, só um "do que luís tava falando?".

A dona do mundo

gio disse...

Bowie é uma boa pedida pra lugares estranhos, principalmente porque depois você tem a percepção que ele mais parece um marciano, de tão esquisito. Eu acho que, por mais falta que tu fará a gente, tem que ir-se embora mesmo. Você fica colada a São Paulo, onde as oportunidade pra comunicação são infinitamente melhores. Jão Pessoa é uma cidade muito perfeitinha pra mim. Eu preciso de caos, por isso agora estou (mais uma vez) com planos de viajar, dessa vez pra Miami. E vai ser pra me foder mesmo. Tipo, arranjar bicos desprezíveis de trabalho até aprender um idioma e quem sabe, se der sorte, tentar uma pós lá.

Dina

gio disse...

Ainda bem que ela definiu com "Tipo..." o que ela iria fazer lá... já estava preocupado com o "como" essa que gosta tanto de falar sobre devassidão ia ganhar grana lá :^p

Mythus | Homepage