quinta-feira, 31 de maio de 2007

tudo bem, cartas na mesa agora, certo?

porque isso tá me incomodando deveras.

eu não consigo mais escrever aqui.

a minha vida virou de cabeça pra baixo de uma vez por todas e eu não quero falar disso agora porque não faz sentido nenhum e aí eu fico bloqueada da silva e o blog fica às moscas.

eu bem que podia falar não é? tipo pedido de socorro. mas melhor não, pelo menos agora. mesmo porque não é nada nova essa crise existencial geral, todo mundo sabe dela, todo mundo sabe do que se trata. às vezes piora, só isso. e agora piorou muito mesmo. uma piora de dar medo.

e outra. saber que vocês estão por aí, em seus respectivos blogs (ou não, né wilson?), deixando seus comentários quando lhes apetece, já é de grande ajuda pra mim na hora de segurar as pontas todas por aqui. saibam disso.

pois.

eu prometo tentar. escrever sobre amenidades. só pra manter contato.

dizer a vocês, por exemplo, que joão agora faz futebol. ele faz há alguns meses já, mas mesmo gostando, nunca foi muito empolgado, muito esforçado, muito participante. aí ontem eu não queria que ele fosse. tava fazendo 10 graus aqui, uma ventania cortando a carne, e eu fiquei me borrando de medo de que ele tivesse uma bronquite daquelas pavorosas de novo, e veio o filminho dentro da minha cabeça, das febres e alucinações e dores de ouvido e tudo mais. mas ele implorou quase chorando pra ir. porque ele tá num campeonato de escolinhas, e domingo que vem o jogo é contra o palmeiras e ele precisava treinar de qualquer jeito. aí eu fui com ele lá. e fiquei a aula toda de coração apertado de medo. não aguentei o frio e entrei no carro. estacionei o carro em frente ao campo pra ele não pensar que eu não tava nem aí. e no finzinho da aula, quando já estava escurecendo e eu quase entrando no campo pra tirar ele de lá, ele fez um gol. o primeiro num treino importante. e correu pelo campo de braços abertos. e todo mundo correu pra abraçar ele. e eles caíram juntos no chão morrendo de rir, joão no meio. e eu chorei. o nó na garganta apertando, o peito doendo. mas abri bem os olhos pra ver a cena toda e nunca mais me esquecer dela. porque às vezes me falta ânimo pra continuar nessa luta de todo dia, e um gol como esse é tudo de que eu preciso pra me alimentar de novo.

depois eu conto como foi o jogo com o palmeiras então.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

porque eu prometi que ia fornecer o link mas não o fiz

eis aqui e agora.

www.revistahall.com

meu mais que amado local de trabalho.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

amo muito tudo isso

joão, indignado:

_ mamãe, fátima (nossa faxineira) é muito boba mesmo. imagine só, que ela veio me dizer que não entende porque eles nunca traduzem o que o Pingu fala! tive que explicar pra ela que a graça é essa, oras, não entender coisa nenhuma e morrer de rir mesmo assim!

quarta-feira, 2 de maio de 2007

é um momento dramático na vida do ser humano

porque eu nunca me peso. porque assim. meu peso é o mesmo desde que eu tenho 12 anos. não acreditam? tudo bem. mas é. claro que aumentou _ pouco _ durante a gravidez. mas eu mais do que rápido perdi o que estava sobrando e voltei ao peso habitual. mas eu nem precisei me esforçar. porque essa sou eu. como feito um passarinho e não engordo uma grama sequer. não adianta. nem com reza brava eu consigo. então perder peso pra mim é somente um piscar de olhos. já ganhar peso é uma batalha sangrenta.

eu fiz dietas hipercalóricas. e tomei estimulantes de apetite e vitaminas. a vida toda. mas aí um dia uma ortopedista me disse que minha constituição física nunca iria me permitir engordar, porque eu sou um palito, é fato, e ponto final. o que não tinha muita lógica na minha cabeça, uma vez que todas as mulheres da minha família são, digamos, meio fartas. aí ela disse que provavelmente era culpa dos muitos anos de balé clássico e ginástica olímpica e ginástica rítmica. que me atrofiaram, percebam. aí eu me conformei com a magricelice e tudo mais. e o papo morreu aí.

aí não mais que de repente minhas roupas começaram a não caber mais em mim. e eu pensei, normal, é a maturidade, acontece. a situação foi ficando cada vez mais crítica e eu fui ficando preocupada de leve. mas achando bacana, olha só, eu ganhando quilinhos, que máximo e tal.

até que chegou esse fim de semana. que eu viajei pra visitar minha amiga mi e soube que já era outono para os paulistanos e fui lá no fundo do armário pegar minhas roupinhas de frio guardadas desde o ano passado.

qual não foi o meu susto ao tentar vestir minhas roupinhas! somente uma única peça _ percebam, uma única _ conseguiu entrar no corpo da minha pessoa sem dificuldades.

de volta a campinas, primeira coisa que eu faço, qual é? pesar-me, pois. 8 quilos. deixem seus queixos caírem. eu engordei 8 quilos desde janeiro passado. isso depois de passar quinze anos da minha vida sem engordar nenhum.

foi um choque, meus amigos, foi um choque.

e eu deveria estar feliz, mas ó, eu nem estou.

porque eu me olho no espelho e não vejo quilo mais nenhum. nem ninguém vê.

porque, na verdade, quando uma pessoa como eu engorda, ela não engorda realmente. ela ganha glúteos maiores. só isso.

e eu sei que a culpa é da depressão-ansiedade-tratada-com-remedinhos-tarja-preta.

e isso tudo muito me assusta.

mas o pior, o pior mesmo, é que da cintura pra cima eu continuo usando roupas infanto-juvenis tamanho 14. ao mesmo tempo que da cintura pra baixo eu uso 42. ai.

soy a maior pêra que a humanidade já viu.

medo.