terça-feira, 7 de junho de 2005

Como falei no post passado, estamos de mudança programada. Ainda não assinamos os papéis mas a casa já está reservada. É uma casa pequena, bem menor do que essa, e por isso temo que João vá sofrer um pouco com a falta de espaço. Bem, melhor não começar a me preocupar com isso agora. Não tenho nada encaixotado mas já avisamos ao proprietário da casa em que estamos agora de que vamos embora, já fizemos o acordo quanto à rescisão do contrato de locação e já avisamos aos poucos amigos que fizemos aqui.

O chato dessa tentativa de arrombamento foi que ficamos presos em casa. O seguro ainda não mandou consertar a janela e ficamos com medo de deixar a casa sozinha e os mesmos ladrões burros tentarem, pela terceira vez, levar nossas parcas e preciosas coisinhas. Três semanas de clausura. Isso vale pra mim, é claro, pois meu marido e meu filho continuaram com suas atividades normais. Eu não. Fui nomeada guardiã invencível do nosso lar e tenho que passar meus dias aqui plantada, esperando a hora da mudança chegar.

Acredito que vocês, caros amigos, devem fazer idéia do tédio em que minha existência se tornou. Já era complicado não fazer muito além dos afazeres domésticos e das minhas atividades físicas esporádicas, agora então, a coisa virou um verdadeiro desafio. Tenho tentado me concentrar e estudar um pouco, estudar qualquer coisa, mas não adianta muito: sempre me pego distraída, pensando no que eu poderia estar fazendo se não estivesse aqui plantada, esperando a hora da mudança chegar.



Minha faxineira-anjo-da-guarda Bia decidiu que não vai mais voltar pra Campinas. Vai ficar lá no Rio mesmo, a coitada. A sorte é que ela tinha me deixado Márcia, irmã dela e minha faxineira-anjo-da-guarda reserva. Márcia agora não só é minha faxineira-anjo-da-guarda titular, como também é babá de João toda sexta à noite, quando eu e Guiom compramos nossa carta de alforria e podemos finalmente cair na naite depois de meses e meses de seca. De brinde, João ganhou um amiguinho: Gustavo, sobrinho da Márcia, que sempre vem passar a noite aqui com ela. E assim todos são felizes para sempre!



No quesito ficção, minhas leituras estacionaram em "A Morte em Veneza", de Thomas Mann, que eu engatei logo que terminei "Tonio Krueger", dele também. Não é que eu não tenha gostado do livro, até que gostei, mas a questão é que minha atenção foi desviada para outros gêneros literários, digamos assim. Mas isso é assunto pra um outro post.



Como agora eu sou uma pessoa que voltou a ir ao cinema, posso comentar o que andei vendo em telas grandes. "Cruzada" foi um tanto previsível; não é um filme péssimo; tem boas locações, boas atuações, o bonitinho do Orlando Bloom, a bonitona da Eva Green... mas é meio repetitivo. Saí da sala com a impressão de que tinha visto o mesmo filme pela sétima vez. Já "Star Wars - Episodio III - A Vingança dos Sith" teve outro impacto; não é um filme perfeito; tem atuações ruins, diálogos ruins, tem a Natalie Portman, que não convence ninguém como grávida... mas é bacana. Saí da sala emocionada com a cena da máscara negra sendo colocada no Anakin, e olha que eu não sou exatamente uma fã da série. Ah, um PS: Guiom ganhou de presente uma caixa com os episódios IV, V e VI mais um disco de extras. Bom demais, né não? O chato é que não tem legendas em português...



Tenho ouvido um pouco de música francesa pra variar. Mais especificamente o cd "Le Jour de Clarté" de Graeme Allwright. O disco todo é bom, uma grande mescla de estilos, mas linda de morrer mesmo é a música "Petit Garçon", que Guiom adora e que acaba me comovendo também.



Ontem falei por telefone com minha querida prima Raquel, que está grávida de sete meses de Mateus (que deve nascer enquanto estivermos em João Pessoa! (eba!)) e com minha mais que querida prima-afilhada Jéssyca, que segundo minha mãe está "uma mocinha". Fiquei superhiperultramastermega feliz, mas fiquei ainda mais saudosa... Ainda bem que dia 2 de julho tá quase chegando, né não?



João, o popular, vive sendo convidado para festinhas ou para passar o dia na casa dos amiguinhos. E é claro que vive também convidando amiguinhos para passar o dia aqui. Já era assim em João Pessoa, mas a diferença é que agora os amiguinhos são, em sua maioria amiguinhas. Tem a Julia, de quem já falei (ela já veio passar o dia aqui e João já foi passar o dia lá), a Mariana (que também já veio passar o dia aqui) e a Bruna (que convidou João pra passar o dia na casa dela na próxima sexta-feira). É, parece que a fase clube-do-bolinha finalmente passou.

As discussões filosóficas a respeito da existência humana têm rendido bastante aqui em casa. Esse foi o dialogo de ontem à noite (eu na cozinha, fazendo o jantar, João no meu pé, como sempre):

- mãe, é verdade essa estória de que os humanos são animais?
- é.
- mas os humanos são muito diferentes dos animais!
- é, os humanos são animais racionais e os outros são animais irracionais.
- como assim?
- os humanos pensam, raciocinam, os outros não.
- e como é que eles comem, andam, essas coisas?
- eles fazem as coisas por instinto.
- como assim?
- eles fazem as coisas porque são programados pra fazer.
- quer dizer que eles não fazem as coisas porque querem?
- não.
- peraí, eu sou humano, né?
- é.
- então eu sou racional.
- é.
- então eu faço as coisas porque eu quero.
- eh... é.
- então por que eu preciso tomar sopa todo dia se não é isso o que eu quero?

quarta-feira, 1 de junho de 2005

Post sim, post não, faço propaganda de um fotolog. Dessa vez é o meu. Não pude resistir à tentação e criei um. "Bruno vai morrer de me xingar", pensei comigo. Tou nem aí, viu, Brunito? Sei que até mesmo você vai acabar aparecendo por lá. Afinal essa é uma boa forma de compartilhar imagens (atuais ou não) nossas com todo mundo que está longe da gente.

Vai lá!

Que mundo pequeno! agora em imagens!