quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

hoje eu tive vontade de chorar

pela primeira vez desde que eu trabalho lá onde eu trabalho. pela primeira vez em um ano e meio. não sei se pela primeira vez mesmo, mesmo. mas pela primeira vez de uma maneira tão forte que eu pedi desculpas, peguei minha bolsa e fui correndo pro meu carro porque eu não ia aguentar e ia chorar lá no meio de todo mundo.

e foi por causa de pessoas de quem eu dependo muitíssimo, mas que insistem em ser rudes e grosseiras e implacáveis.

e eu nem tinha feito nada de errado. ou melhor, não era eu que tinha feito a coisa errada. mas era eu que estava no meio do caminho, então fui eu que levei o tiro. pelo menos eu acho que foi essa a razão. ou talvez simplesmente não haja razão nenhuma. talvez eu seja uma tola que acha que as pessoas só vão ser filhas-de-uma-égua com você se você der motivo. porque eu até entendo, sabe. não acho que justifica, mas entendo - você é chata com uma pessoa, aí a pessoa é chata com você de volta pra dar o troco. certo. mas assim, sem motivo algum que seja? eu num entendo não tá? não foi assim que minha mãe me criou não, certo?

e a vontade? de partir pro confronto físico? de virar tyler durden e sair batendo a torto e a direito? que eu nem era assim antes? mas foi nisso que a vida fácil de campinas me transformou?

porque cada vez mais eu concluo que tem gente que merece apanhar nessa vida.
e tem gente, outras pessoas, que não merecem.
precisam.

e eu odeio chorar as pitangas aqui nesse blog morto-vivo.
mas hoje não tinha jeito não.

bombeiros, please.