mas né, não é isso que importa.
o que importa é que eu hoje estou feliz.
e resolvi postar num dia feliz só pra ver como eu me saio.
porque foi assim.
dez dias atrás eu peguei uma virose que me matou. mesmo. aí eu renasci depois. mas eu juro a vocês que eu morri. de febre e tosse e enxaqueca e tudo mais.
tudo bem até aí. négocio é que tudo ocorreu nas imediações do dia 14 de julho, o dia em que eu queria sumir todo ano, e só não sumo porque não é só meu aniversário, é o de joão também. e eu me obrigo a sorrir e me manter animada porque as nuvens negras são minhas, ele, coitado, já pegou o bonde andando, já nasceu no meio dessa agonia de vida que é a minha vida e não tem culpa de nada. merece curtir o dia dele. e sobra pra mim o faz de conta que está tudo numa ótima.
mas esse ano não tava. o mundo tava caindo, conforme mencionado no post abaixo, eu tava à beira da morte com a droga da virose inoportuna, e fazia um ano exato que eu fiz a viagem de pesadelo pra frança, quando meus medos os maiores de todos arreganharam os dentes afiados pra mim e eu nunca mais fui a mesma de novo.
ou seja. perspectivas nada otimistas.
o dia 14 de julho passou. não sem choro e desespero e pensamentos suicidas, mas passou.
e aí ontem eu fui pra terapia e minha terapeuta querida e fashion me disse uma coisa que eu já sabia que era verdade, mas que eu precisava ouvir, que eu preciso ouvir às vezes, pra não me esquecer de que é verdade, pra não duvidar, pra não deixar de ter fé, em mim, na vida, nas pessoas me cercam.
e foi uma luz que se acendeu no fim do meu túnel.
e depois vieram outras luzinhas atrás dessa.
eu consegui sair de casa sem passar super mal no meio da rua. eu consegui assistir televisão sem ter dor de cabeça (e ainda dei boas gargalhadas). eu consegui comprar uma bolsa nova (vejam bem, eu fico triste e perco o interesse por bolsas por uns tempos, é mesmo muito grave isso). eu consegui dirigir de novo.
aí hoje milena chegou com ailton aqui. é, acho que essa foi a luzinha mais forte de todas as que se acenderam de ontem pra hoje no fim do meu túnel.
acho também que, por enquanto, eu não preciso mais ter medo do escuro.