quarta-feira, 2 de julho de 2008

vejam bem, meus bens

a vida andava tranquila nos últimos tempos. não que coisas importantes não tivessem acontecido, pelo contrário, mas eu andava em paz com as coisas. e andava fazendo progressos, em variadas frentes, o que me deixava animada, um tantinho mais do que o habitual.

mas aí junho chegou.

junho é sempre um mês problemático pra mim.

acho que eu já falei sobre isso por aqui.

tem o fato de ser o mês que antecede meu aniversário, e eu surto toda vez com o troço todo do tempo passando e tal.

tem o fato de ser o mês da morte do meu pai, coisa não muito fácil de enfrentar, todo santo ano.

mas esse ano foi peso. mais peso, quero dizer.

o mundo caiu sobre a cabeça de pessoas muito queridas e eu senti as dores todas como se fossem minhas.

porque eu tenho isso. eu sou uma grande duma esponja.

então vieram as nuvens negras todas de novo. e eu voltei a me sentir perdida-confusa-desesperada.

porque, eu vou dizer, coisas importantes _ e boas _ aconteceram nos últimos tempos, mas a vida não tá ganha não, gente amiga, não tá mesmo.

e eu me esqueço disso às vezes. quando coisas importantes e boas acontecem eu me esqueço temporariamente.

aí junho chega e eu me lembro de novo. que a vida não tá assim tão ganha, que eu não tou assim tão bem, que não tem isso de problemas sumirem. problemas trocam de nome e endereço, mas não somem nunca.

certo, eu sei. não é o fim dos tempos.

tou chorando minhas pitangas aqui somente porque eu queria que essa maré passasse logo.

cruzem os dedos e chamem os bombeiros aí por mim.

6 comentários:

Anônimo disse...

cacete! texto novo! isso é mais raro que a passagem do halley.

agora vou ler.

Chilavert disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

acho que eu entendo... e, percebendo que vc só escreve quando tá triste, não sei se fico torcendo pra vc ficar triste e escrever ou ficar feliz e não aparecer por aqui.

Anônimo disse...

Finalmente um post Gio!
Tô aqui, apesar da "distância".
A vida não é fácil, pra ninguém, até para aqueles que sorriem o tempo todo.
Já ouvi dizer uma vez: "não existe felicidade, existem momentos felizes".
Mas eu prefiro acreditar que existe felicidade.
Um xero bem grande em tu.

Anônimo disse...

Gio, você voltou!!
Mulher... nem tanto ao céu nem tanto à terra, né? nem sei se é assim mesmo que dizem, mas fato é que não tem nem pra quê a gente querer as coisas tão completas. as coisas vão se resolvendo aqui e desorganizando ali, e a gente passa a vida arrumando e desarrumando, assim mesmo, né não?
bom ver vc por aqui de nuevo, querida. beijo!

Isabella Araújo (Zabella) disse...

eu vim aqui tão sem expectativa e, vejam só, ela postou! engraçado, como tu é precoce... agosto é que é o mês dos desgostos, mulher! mas, né, chamemos os bombeiros então...