segunda-feira, 10 de julho de 2006

Férias né? A pessoa perde total a inspiração pra escrever em seu próprio blog. Uma vez, numa conversa emessênica com Ailton, chegamos à conclusão que o exílio beneficia com a dádiva da melancolia os escritores (Santa pretensão, Batman!). É o caso, I think. Em sua própria terra, rodeada de seus próprios familiares, amigos e agregados queridos, em frente de seu próprio mar preferido, a pessoa tem mais o que fazer. Ou não tem nada pra fazer e fica vagabundando. Que é muitíssimo diferente de escrever ou de ter vontade de e assunto pra. Escrever é coisa de vagabundo. Óquei, I agree. Mas não coisa de vagabundo de férias de frente pra seu próprio mar preferido.

Mas como falta de inspiração pra escrever posts é um assunto demasiado batido, eu não vou ficar divagando sobre isso. Nem vou dar corda pra falta de inspiração que não faz o meu tipo. Vou ficar aqui tagarelando abobrinhas postáveis. Mais minha cara.



Aí sábado eu fui bater ponto no centro histórico pessoense com Lumy. Meio sem muita vontade por causa da chuvinha fina que sempre cai aqui no inverno e que me irrita profundamente. Mas fui. Tou lá numa jornada em busca de uma cerveja quando de repente ouço um grito-pergunta: "Gio?! Eu sou Manu!". Que eu já sabia que Manu era Manu quando eu dei de cara com ela. Foi massa. Não importa quantos anos de internet eu tenha, certos fenômenos sempre me pegam pelo pé como se eu fosse neófita. Esse de conhecer ao vivo pessoas virtuais amigas sempre me emociona. E a gente ficou de conversa mole um tempão. Mas né? Quem me conhece ao vivo sabe o quanto eu sou capaz de falar se me derem espaço. Aí eu nem conversei tudo que eu queria conversar com Manu, mas estou certa de que a gente vai se encontrar de novo. E fico deveras feliz com isso.

Caminhar né? No calçadão. Ao cair da tarde. Assim uma coisa saudável. E comer açaí? Mais ainda. Certo, beleza, tamos aí. Mas as pessoas amigas residentes nesta cidade exageram. Agora é um tal de açaí toda semana e correr e nadar e, afe, jogar vôlei. Como assim pessoas? Zabellicota bem observou, ou teria sido Ailton? Não, eu não tenho cara de quem gosta de jogar vôlei. Nem cara, nem disposição física, nem talento, nem patavina. Mas né? Tudo em nome da sociabilidade. Até ver filmes ruins, só porque Andrei queria porque queria ir ver o danado do filme que a gente já sabia que era ruim no cinema. Até perdoar Bruno porque ele tá no fim do período e só me viu duas vezes. É. Amigos né? Tamos aí.

Tem outras. Mas né? A pessoa divide o computador com os outros milhões de pessoas que dormem sob o mesmo teto dessa casa. Inclusive com sua própria filha-postiça que fica do lado da pessoa enquanto a pessoa escreve pentelhando a hora toda pra pessoa parar de escrever que já escreveu demais que ela quer entrar na internet e atualizar o flog e fuçar o orkut alheio e tagarelar no emessene. Por isso, deixem eu ir nesse momento. Eu juro e prometo - toda vez né? eu juro e prometo nas férias - que depois eu escrevo mais.

7 comentários:

gio disse...

tu nao tem cara de jogadora de volei mesmo. alias, de jogadora de nada. a nao ser de conversa fora, q eu sei bem. ;) e eu fico morto de orgulhoso com esse seu encontro com manu :)

Bruno

gio disse...

não foi bem assim o caso. Eu e zabella discutíamos que uma rede (de volei) não seria uma coisa boa, porque teríamos uma quadra na areia e coisa e tal. E a quadra era grande, e não tinha muita gente pra jogar. Aí começamos a pensar nos possíveis jogadores. E, assim, resolvemos contar com tua pessoa tbm. Mas aí comentamos que tu não tinha lá muito a cara de quem gosta de jogar volei. Foi só isso. :)

ailton | Homepage

gio disse...

Enquanto lia esse post, não consegui parar de pensar naquilo que Ailton falou sobre este blog. O fato dele ser o único blog de fato enquanto os outros da turma são de pseudo-jornalismo. =P Ton-ton é sui-generis!

Breno | Homepage

gio disse...

eu sou foda! Ei, vc quis mesmo dizer que O Código da Vinci, no cinema, é ruim?

ailton | Homepage

gio disse...

Perdão! Perdão! É que a prova é domingo!

Mythus | Homepage

gio disse...

o nome da música de Zé Ramalho era msm "Canção Agalopada".

ailton | Homepage

gio disse...

Esse negócio de exílio é mesmo inspirador, tô descobrindo, ainda devo postar sobre isso. É meio q uma comparação entre os personagens da literatura e nós, os reais (?), e a importância do cenário para q estes personagens possam ser eles próprios em sua plenitude, coisa q é outro ambiente poderia ficar difícil. É como se vc fosse um "meio-vc", ou fosse um "ser-incompleto".. E tome viagem..

Luís